Técnicos inspecionam vagões do VLT; estrutura revela desgaste

Parados há mais de um ano, os 40 vagões do Veículo Leve sobre Trilhos, que estão estacionados no Centro de Manutenção e Controle Operacional (CMCO), próximo ao Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, passaram por uma inspeção na tarde de quarta-feira (22).

Durante a vistoria, que contou com a presença dos técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE), da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e da Secretaria de Estado de Cidades (Secid), foi possível observar certa deterioração na estrutura das composições.

Os trilhos, por exemplo, acumulam água e os sistemas de rolagem estão todos enferrujados.

Entretanto, conforme o diretor executivo da CAF Brasil, uma das empresas que compõe o Consórcio VLT, Agenor Marinho, os vagões estão em perfeitas condições de funcionamento.

Ele disse que os trens foram construídos para suportar o sol e a chuva, já que, quando estiverem operando, vão enfrentar as mudanças do clima da Capital.

Os vagões estão funcionando normalmente. As manutenções estão sendo realizadas conforme o cronograma do contrato, para que até a conclusão das obras elesestejam operando sem nenhum problema”, disse.

Ainda conforme o diretor, os vagões recebem manutenções desde que chegaram em Cuiabá, em 2014.

O contrato, no entanto, vai vencer no ano que vem, antes do novo modal entrar em funcionamento.

Para que os trens não sofram mais com os degastes do tempo, um aditivo deve ser realizado, mas o valor não foi informado.

A previsão da conclusão das obras do VLT é apenas em 2018.

A vistoria, realizada ontem, faz parte de um acordo feito entre o Governo e o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, no dia 7 de abril.

Na audiência de conciliação, na 1ª Vara da Justiça Federal de Cuiabá, além das inspeções, ficou determinada a apresentação de um estudo de viabilidade e detalhes de como será executada a obra do novo modal, em um prazo de 75 dias.

O secretário de Serviços e Engenharia do TCE, André Luis Souza Ramos, disse que órgão ainda vai analisar com mais detalhes o projeto de manutenção feito pela empresa nos vagões.
 

Não podemos avaliar como essas manutenções são feitas ou se estão em conformidade sem um estudo prévio. Por isso, o Tribunal vai analisar e depois emitir um laudo a respeito”, afirmou.

Quanto às desapropriações que devem ser feitas para a construção do VLT, o secretário adjunto de Programas Especiais e Assuntos Institucionais da Secid, Paulo Sardinha, disse que uma equipe da secretaria já está estudando o caso para que elas ocorram o mais rápido possível.

O prazo, conforme a audiência de conciliação para a entrega de um cronograma a respeito das desapropriações, é de 45 dias.

“Uma equipe técnica do Governo está analisando quantas desapropriações precisam ser feitas e em que pé se encontra os casos para que possam ser resolvidos um por um”, garantiu.

A obra

Orçada em R$ 1,477 bilhão, a construção do VLT deve ser concluída apenas em 2018.

A obra foi iniciada em agosto de 2012 e está com o contrato suspenso desde o fim de 2014.

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