Maior produtora mundial de celulose de eucalipto, a Fibria
teve prejuízo líquido atribuível aos acionistas da companhia de R$ 262 milhões
no segundo trimestre, revertendo lucro de R$ 743 milhões um ano antes, apesar
da melhora no desempenho operacional. No semestre, o lucro atribuível aos
acionistas da companhia foi de R$ 65 milhões, frente a R$ 1,72 bilhão um ano
antes.
O prejuízo líquido no trimestre é explicado pelo efeito
negativo da alta de 4% do dólar no fim de junho sobre a parcela da dívida que
está denominada em moeda estrangeira, o que reduziu as receitas financeiras da
companhia.
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Sob o aspecto operacional, a recuperação dos preços da fibra
curta no mercado internacional e o aumento do volume comercializado ajudaram o
balanço trimestral da empresa. De abril a junho, a receita líquida subiu 16% na
comparação anual, para R$ 2,78 bilhões. No acumulado do primeiro semestre, a
alta foi de 1%, para R$ 4,85 bilhões.
Já o resultado antes de juros, impostos, depreciação e
amortização (Ebitda) da companhia subiu 6% na comparação com o segundo
trimestre do ano passado, para R$ 830 milhões. Pelo critério ajustado por itens
não recorrentes, que também é usado pelos analistas nas projeções de
resultados, o Ebitda ficou em R$ 1,07 bilhão, com crescimento de 16%. Com isso,
a margem Ebitda ajustada da companhia subiu 2 pontos percentuais na comparação
anual, para 45%.
Na linha financeira, a Fibria teve resultado líquido
negativo de R$ 789 milhões, contra R$ 1,1 bilhão positivo um ano antes. Ao fim
de junho, a dívida líquida estava em R$ 12,6 bilhões, alta de 11% frente a
março — a companhia está investindo US$ 2,3 bilhões na ampliação da fábrica de
Três Lagoas (MS).
A alavancagem financeira da Fibria medida pela relação entre
dívida líquida e Ebitda em reais passou de 3,63 vezes para 3,85 vezes em junho.
Em dólar, a alavancagem caiu de 3,79 vezes em março para 3,75 vezes no fim do
segundo trimestre.
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