A Vale, maior mineradora de ferro do mundo, vai anunciar em
breve – possivelmente até sexta-feira – sua nova estrutura corporativa, com
redefinições e novos nomes para sua diretoria executiva. As mudanças são frutos
da gestão de Fabio Schvartsman, que assumiu a presidência da companhia em 22 de
maio.
Na nova estrutura, já foi definida, segundo fontes, a
escolha de Luiz Eduardo Fróes do Amaral Osório, que foi vice-presidente de
relações institucionais da CPFL Energia e responsável também pelas áreas
jurídica, meio ambiente, sustentabilidade e comunicação empresarial. Osório
ficaria com diretoria-executiva de relações institucionais da Vale, função que
atualmente está dentro de uma superdiretoria, sob a responsabilidade de Clóvis
Torres e que foi criada na gestão de Murilo Ferreira.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
Conforme apurou o Valor, a nova estrutura da Vale será mais
focada por áreas específicas – terá seis diretorias-executivas (estatutárias) e
duas não executivas. Três delas – Relações Institucionais, Jurídica e
Sustentabilidade e Comunicação – deverão ser desmembradas da diretoria
comandada por Torres, para se ganhar mais agilidade nas decisões, informaram
fontes ao Valor.
Sustentabilidade e Comunicação e Serviços Corporativos
(recursos humanos, suprimentos e outras atividades de apoio aos negócios da
empresa) devem compor as duas diretorias não executivas. O anúncio da nova
composição trará os demais nomes de executivos trazidos por Schvartsman.
Hoje, na estrutura de comando executivo da Vale existem
quatro diretorias-executivas – ferrosos e estratégia, a cargo de Peter
Poppinga; metais básicos, com Jennifer Maki; finanças e relações com
investidores, com Luciano Siani Pires e sustentabilidade, recursos humanos,
jurídico e relações institucionais, com Torres.
No mês passado, dois diretores-executivos deixaram a
mineradora – Roger Downey, que cuidava da área de fertilizantes e carvão, e
Humberto Freitas, até então responsável pela área de logística. Downey saiu por
decisão pessoal e Freitas se aposentou. Na ocasião da saída de Freitas, o
mercado apostou que essas diretorias deixariam de existir como unidades
separadas, sendo incorporadas a outras áreas de negócios da empresa.
O mercado já vinha trabalhando com a expectativa de uma
reorganização da estrutura corporativa na Vale depois da chegada de Schvartsman
à presidência da empresa, em um processo de escolha que visou buscar um
executivo com elevada experiência em governança para comandar uma nova etapa da
empresa.
Schvartsman encomendou um diagnóstico sobre os negócios da
Vale que será tornado público depois de apreciado pelo conselho de
administração. A cargo de Juarez Salilba, assessor especial do presidente, deve
ser concluído até o fim deste mês.
Leia também: Vale faz
campanha sobre troca de ações
Seja o primeiro a comentar