Para mineradoras, fim de reserva na Amazônia enfraquece garimpos ilegais

A mudança na legislação sobre a Renca (Reserva do Cobre e
Associados) vai fazer com que a mineração que acontece lá de forma clandestina
seja incorporada à controlada, dentro da lei, dizem representantes desse setor.

Na segunda (28), o governo mudou o decreto para tornar mais
claros os limites de atuação das mineradoras.

O argumento de defesa das associações do setor é que, caso
uma empresa, de fato, tenha uma mina no local, ela se responsabilizará pela
preservação da área, o que a obrigará a tirar garimpos ilegais.

“A região onde se situava a reserva está com sua
biodiversidade em risco, atacada há anos pela mineração ilegal, esta, sim,
poluidora e destrutiva”, escreveu o Ibram (Instituto Brasileiro de
Mineração), em uma nota.

O que o governo permitiu, por enquanto, foi a exploração
—nesse setor, isso significa fazer pesquisas de solo para descobrir qual o
potencial mineral da região.

“Não sabemos se lá tem minério de qualidade para o
local”, diz Paulo Henrique Soares, diretor do Ibram.

Nessa fase, a liberação deverá suscitar cinco pesquisas, com
investimento previsto de US$ 3 milhões cada um, afirma Luiz Azevedo, presidente
da ABPM (associação das empresas de pesquisa mineral).

“Por enquanto, só existe aval para a exploração que vai
gerar informações. A partir disso, então, poderá haver investimentos por parte
de grandes empresas.”

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