Soja avançará sobre milho no PR, diz Deral

Em consequência de um clima menos favorável previsto, a
produção de soja no Paraná deverá registrar leve queda na safra 2017/18, cujo
plantio terá início nas próximas semanas. Segundo o primeiro levantamento do
Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura do Estado,
a colheita deve chegar a 19,5 milhões de toneladas, 2% menos que o recorde de
19,8 milhões do ciclo 2016/17.

A área plantada deverá aumentar de 5,3 milhões para 5,4
milhões de hectares, mas, conforme Marcelo Garrido, economista do Deral, a
produtividade tende a recuar 5% em consequência do clima, para 3.581 quilos por
hectare.

De acordo com o cenário traçado pelo departamento, a área de
soja crescerá sobre a de milho. Para o plantio de verão do cereal, o Deral
estimou 344,5 mil hectares no ciclo 2017/18, ante 513,6 mil na temporada
passada. “Essa decisão está muito relacionada aos preços. A soja caiu, mas
bem menos que o milho”, disse Garrido durante a divulgação do
levantamento. O plantio de milho já começou no Estado, mas ainda não há dados
disponíveis sobre o ritmo dos trabalhos.

Com a redução de área e também da produtividade, por causa
do clima menos favorável – 6%, para 9.043 quilos por hectare -, a colheita
paranaense de milho no verão deverá diminuir 37% em relação ao ciclo 2016/17,
para 3,115 milhões de toneladas.

O plantio de soja no Paraná deverá ter início no dia 11 de
setembro, mas ainda resta muito da colheita da safra 2016/17 em armazéns. De
acordo com números divulgados na semana passada, apenas 70% da produção foi
vendida até agora, mas boa parte do que resta deverá ser comercializada nos
próximos dois meses.

Também no caso do milho, grande parte da safrinha de
2016/17, cuja colheita está na reta final, também não foi vendida. Até 21 de
agosto, 16% das 344,5 mil toneladas estavam armazenadas e 69% da estimativa de
13,6 milhões para a safrinha não havia sido negociada pelos produtores, por
conta de preços menos atraentes.

Mas esse ritmo de vendas não preocupa Edmar Gervásio, também
do Deral. “Não estamos muito fora do volume normalmente
comercializado”, afirmou ele.

 

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