A Bunge Açúcar & Bioenergia tem
quase toda sua dívida com o próprio grupo controlador. Ao fim de março, o saldo
dessa dívida estava em R$ 2,944 bilhões, com custo médio de 8,7% ao ano – parte
é remunerada por uma taxa anual fixa de 7,5% e outra, de 11,5% . A dívida total
da companhia era de R$ 3,04 bilhões, para um saldo de R$ 110,5 milhões em
caixa.
No prospecto preliminar da oferta de
ações, a companhia anuncia que sua dívida com o grupo passará toda a ser
denominada em dólares, num total de US$ 700 milhões, após a oferta pública
inicial (IPO, na sigla em inglês) na B3. O custo passará para Libor mais 2,75%
ao ano. Não há informações sobre prazos. O sucesso do IPO é condição precedente
para a dívida ser reestruturada. De acordo com o documento, o “contrato de
empréstimo de capital de giro” atual será trocado por um “financiamento de pré-exportação
de usinas”.
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A oferta da Bunge Açúcar &
Bioenergia na B3 será toda secundária, ou seja, a companhia listada não será
capitalizada. Os recursos da operação, contudo, vão irrigar os cofres do
controlador, que venderá parte de suas ações no negócio. A companhia é avaliada
em aproximadamente R$ 6 bilhões e o plano da Bunge é continuar como sócia
majoritária no capital da empresa.
No primeiro trimestre deste ano, a Bunge
Açúcar & Bioenergia gerou R$ 122,6 milhões de fluxo de caixa operacional. O
total líquido, após pagamento de juros e serviços de dívida, ficou em R$ 55,3
milhões.
– Fonte: http://www.valor.com.br/agro/5529841/bunge-vai-reestruturar-divida-do-braco-sucroalcooleiro-apos-ipo
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