No estado
que mais produz grãos no Brasil, a falta de infraestrutura e logística é um dos
principais gargalos que dificultam o escoamento e a produção. No programa
Direto ao Ponto desta semana, o presidente do Fórum pró-Ferrovias em Cuiabá,
Francisco Vuolo, fala sobre o investimento na diversificação dos modais de
transporte e a necessidade de trazer uma malha ferroviária até a capital de
Mato Grosso.
“O principal
objeto é tirar a dependência que o país e Mato Grosso têm no transporte
rodoviário. Um país, e um estado como o nosso, de dimensões continentais,
precisam de um equilíbrio entre os modais, precisamos ter ferrovias e
hidrovias operando dentro de um modelo
que atenda nossa a produção, o transporte o desenvolvimento.” enfatiza Vuolo.
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Segundo ele,
há três projetos de ferrovias para o estado que permitirão o escoamento da
produção mato-grossense para os principais destinos do país, são elas: a
Ferrogrão que vai ligar o município de Sinop (MT) ao Porto de Miritituba,
distrito de Itaituba (PA); a ferrovia que projeta o escoamento de leste a
oeste, ligando o porto de Itaqui no Maranhão e a Ferrovia Senador Vicente
Vuolo, que levará os trilhos de Rondonópolis até Cuiabá e, posteriormente até a
cidade Sorriso.
Com um custo
estimado em aproximadamente R$ 5,6 bilhões, a Ferrovia Senador Vicente Vuolo,
visa alavancar e estimular a instalação de indústrias, e fortalecer
economicamente o estado.”Precisamos de uma ferrovia que transporte
desenvolvimento. Ao chegar em Cuiabá, haverá uma diversificação na carga a ser transportada
e temos o potencial de trazer as chamadas cargas de retorno, que são cargas com
potencial de consumo na capital. O que formará novas cadeias produtivas, potencializando esse tipo de carga e, mais do
que isso, poderemos agregar valor ao que é produzido dentro do estado,
fortalecer economicamente, gerar divisas, empregos. Além disso, poderemos
baratear os custos com o frete”, pontua
o presidente.
A ferrovia
também deve facilitar o transporte entre Mato Grosso e São Paulo, com a ida de
produtos paulistas para o Centro-Oeste e o escoamento do que é produzido no
estado e segue para o porto de Santos.
Atualmente,
Mato Grosso produz, entre soja e milho, mais de 60 milhões de toneladas. Até
2028, estima-se que a produção passe dos 100 milhões. Sendo evidente a
necessidade de criar alternativas para que esse resultado chega aos destinos.
“Quando falamos em MT, não podemos pensar em uma única ferrovia. Temos que
desenhar para o estado uma malha ferrovia, de norte a sul, leste a oeste,”
afirma Francisco Vuolo.
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