A Bunge, uma das maiores tradings de commodities agrícolas
do mundo, anunciou nesta manhã a saída de seu CEO global, Soren Schroder. A
saída do executivo do comando da companhia americana já era especulada desde o
fim da semana passada.
Em comunicado, a Bunge afirmou que Schroder permanecerá no
cargo até que seu sucessor seja escolhido. O conselho de diretores da empresa
formou um comitê especial para a escolha do futuro CEO.
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A ação acontece cinco semanas depois que acionistas
ativistas da Continental Grain e o fundo de hedge DE Shaw chegaram a um acordo
com a companhia, o que culminou na entrada de quatro novos diretores e
desencadeou uma revisão estratégica da empresa. A revisão está sendo presidida
por Paul Fribourg, chefe da Continental e um antigo investidor em alimentos e
agricultura.
Além da mudança no comando, Kathleen Hyle, que já atuava
como membro do conselho de diretores da Bunge desde 2012, foi nomeada para
assumir o comando imediato do colegiado, no lugar de L. Patrick Lupo.
Hyle participará do comitê especial de busca do futuro CEO,
juntamente com outros membros do conselho como Paul Fribourg, J. Erik Fyrwald e
Mark Zenuk.
“Foi uma honra servir como CEO da Bunge”, disse Schroder. “Estamos fazendo progressos sólidos
e este é o momento certo para mudança de liderança. A Bunge tem um forte legado
e um futuro promissor à frente”.
Schroder, de 57 anos, entrou na Bunge em 2000 e exerceu
diversos papéis de liderança no segmento de agronegócios na América do Norte.
Ele assumiu o posto de CEO em 2013.
Conforme fontes ouvidas pela imprensa americana, a saída do
executivo poderia destravar a retomada de conversas com possíveis compradores.
Isso implicaria, por exemplo, numa reaproximação tanto da Glencore como da ADM,
que já tiveram conversas com a múlti americana sobre uma possível aquisição
entre 2017 e o início deste ano.
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