Moradores da Gávea, na Zona Sul do Rio, recolheram, neste sábado (13), assinaturas para pedir ao Ministério Público que as obras da estação de metrô no bairro sejam retomadas.
A construção da estação da Gávea, que faria parte do trajeto da Linha 4, está parada há quatro anos.
No local onde deveria ter uma obra, existe um canteiro fantasma e, com o abandono, vieram as rachaduras que assustam moradores do bairro, estudantes e funcionários da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), onde seria a estação.
“Nós temos já duas rachaduras em laboratórios da PUC, um prédio na Gávea que já apresenta rachaduras. O perigo existe, só não podemos dizer quando amanhã, depois de amanhã, ou daqui a cinco anos ou daqui a um ano”, disse René Hasenclever, presidente da Associação de Moradores da Gávea.
As obras da estação da Gávea começaram em 2010 e a promessa é de que tudo estaria funcionando até 2014. Na época, o então governador Sérgio Cabral dizia que a estação ficaria pronta para a Copa do Mundo, que foi sediada no Brasil.
Superfaturamento nas obras
Cinco anos depois, nada está pronto. A pedido do Ministério Público a construção foi interrompida porque foi identificado um superfaturamento de R$ 3 bilhões nos gastos em toda a linha 4.
Enquanto isso, o buraco aberto para as obras está cheio d’água para evitar deslocamentos de terra que possam afundar o terreno.
“Esse é o objetivo, colher duas mil, três mil, se puder, cinco mil assinaturas pra pressionar o governo do estado a retomar as obras do metrô da linha 4 da Gávea”, disse René.
O deputado estadual Carlo Caiado (DEM) esteve na Gávea, neste sábado. Ele criou na Assembleia Legislativa uma frente parlamentar pra articular com o poder executivo e o judiciário a finalização das obras.
“Nós estamos buscando que haja um entendimento junto ao Ministério Público que libere o recomeço da obra que se possa ter um entendimento jurídico diante da obra correndo pra poder ter essa estação de volta pra sociedade”, explicou Caiado.
Seja o primeiro a comentar