A entrada da Acciona na Linha 6-Laranja do metrô traz novo fôlego a um projeto que já sofreu diversas idas e vindas desde seu anúncio pelo governo paulista, há mais de uma década, e que, nos últimos anos, parecia ter poucas chances de ser de fato concluído.
O empreendimento foi lançado em 2008, no governo José Serra. Seu traçado foi mudando com os anos, mas desde início já se previa uma linha passando ao lado de universidades da capital paulista – daí o apelido de Linha das Universidades. Ainda em fase de estruturação, sofreu resistência entre moradores do bairro de Higienópolis, que alegavam temer gente diferenciada na vizinhança.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
A PPP foi licitada em 2013 e vencida pelo consórcio Move São Paulo, na época formado por Odebrecht Transport, Queiroz Galvão, UTC e um fundo. As obras foram iniciadas em 2015, num momento em que os donos do projeto já enfrentavam problemas financeiros e de imagem pelo envolvimento em crimes investigados pela Operação Lava-Jato. Em setembro de 2016, as obras foram totalmente paralisadas.
Desde então, o governo paulista vinha tentando ressuscitar a linha por meio da venda da concessão. A PPP chegou a ter caducidade declarada, mas o prazo para entrada em vigor do decreto foi sendo prorrogado durante as negociações com grupos privados.
De sua parte, a Acciona garante que tem capacidade para entregar o megaprojeto. Suas credenciais envolvem a construção de 3 mil km de vias de metrô e ferrovias pelo mundo, em cidades como Madri, Barcelona, Caracas, Medellín, Hong Kong e Dubai.
Seja o primeiro a comentar