Brasil tem R$ 17 bilhões a receber do Banco do Brics

Foto: Daniel Dan/Pexels
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Valor Econômico – O Brasil tem R$ 17 bilhões de recursos aprovados a receber do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como o Banco do Brics, informou o presidente da instituição, Marcos Troyjo. A expectativa é de que até o final de 2022 mais R$ 6 bilhões sejam aprovados para projetos no país.

“É um conjunto robusto de recursos à disposição do crescimento verde no Brasil” disse o presidente do banco ao Valor. “Mais da metade desses recursos podem ser acessados mediante projetos do setor privado.”

O pacote inclui: R$ 6,3 bilhões para projetos de infraestrutura sustentável, incluindo geração, transmissão e distribuição de energia renovável; R$ 2,6 bilhões voltados para o clima; R$ 5,3 bilhões de garantia de crédito para empresas de pequeno e médio; R$ 800 milhões para projeto de infraestrutura e agricultura no extremo-sul; R$ 260 milhões para projeto de educação em Teresina (PI); R$ 400 milhões para Curitiba e R$ 210 milhões para Sorocaba para mobilidade urbana, além de R$ 800 milhões para rodovias sustentáveis no norte do país.

Os recursos são desembolsados na medida em que os contratos são assinados e os projetos iniciam sua implementação.

No total, o Brasil já teve R$ 27 bilhões de créditos aprovados junto ao Banco do Brics, dos quais R$ 10 bilhões foram liberados até agora.
Em Brasília, o secretário de Assuntos Econômicos Internacionais do Ministério da Economia, Erivaldo Gomes, afirmou que “o NBD está cada vez mais perto do Brasil” e que, nessa parceria, soluções e instrumentos inovadores estão sendo desenvolvidos visando a agenda de crescimento sustentável alicerçado no setor privado. “Os tímidos passos iniciais estão se convertendo em entregas cada vez mais robustas e transformadoras”, disse ele.

Na visão brasileira, o NBD deve focar no desenvolvimento de uma carteira mais forte com o setor privado, apoiando sobretudo a agenda de concessões de infraestrutura.

Na cúpula do Brics, na quinta-feira, os líderes dos sócios fundadores do banco — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — qualificaram de “vital” o papel do NBD para enfrentar as consequências sanitárias e econômicas da pandemia e incentivaram a instituição a explorar a possibilidade de financiar mais projetos de infraestrutura social, incluindo aqueles que utilizam tecnologias digitais.

Também exortaram o banco a reforçar seu papel na mobilização e catalisação de capital privado, e empreender mais projetos de cofinanciamento com outros Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (BDMs) e Instituições Financeiras de Desenvolvimento (DFIs).

Os líderes dizem aguardar agora a mudança do banco para sua sede permanente em Xangai (China) e a abertura do escritório regional na Índia ainda neste ano.

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