Valor Econômico – O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou nesta quinta-feira (2) que os contratos celebrados em cerimônia no Palácio do Planalto vão render mais de R$ 50 bilhões em investimentos privados em novas ferrovias. A iniciativa está relacionada à medida provisória que cria um novo marco legal para o setor, a MP 1.065, publicada no início desta semana, que instituiu o regime de autorização para o segmento. Segundo ele, o leilão da Ferrogrão – trecho ferroviário de ligação entre Sinop (MT) e o porto de Miritituba (PA) – está próximo de se viabilizar.
Até então, os investimentos no setor eram feitos por meio de contratos de concessão. “Ora, se tenho um investidor que quer fazer a ligação ferroviária, está disposto a tomar o risco de engenharia, por que não permitir? Por que a ferrovia tem que ser uma exclusividade do Estado? Quantos ramais podem surgir para ligar centros produtores a zonas portuárias ou a ferrovias existentes?”, questionou o ministro, em discurso de lançamento do novo programa.
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Tarcísio de Freitas reafirmou que a iniciativa é baseada no modelo norte-americano. Ele ressaltou que empreendimentos lançados pelo governo para o setor ferroviário, relacionados a novas concessões e renovações antecipadas de contrato dessa modalidade, garantiram investimento privado de mais de R$ 30 bilhões.
“Chegamos aos R$ 30 bilhões de investimento privado, mas faltava alguma coisa na estratégia. Faltava olhar o que fizemos no Século 19. Faltava olhar como os Estados Unidos fazem. Como é que o americano faz ferrovia?”, questionou o ministro. “Criamos um marco regulatório para fazer isso. É a maior revolução ferroviária dos últimos 100 anos”, acrescentou.
No discurso, o ministro também defendeu a viabilidade do projeto Ferrogrão. “Estamos na linha de fazer o leilão da Ferrogrão. Estamos enfrentando dificuldades, mas temos argumentos para superá-las e, o mais importante, o mercado tem interesse no projeto”, afirmou Tarcísio.
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