O Globo – Em meio à alteração no teto de gastos para possibilitar o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 400, vista por muitos analistas como uma “pedalada fiscal”, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que o Tribunal de Contas da União (TCU) deixou de ser um órgão que “amedronta” e passou a “antecipar problemas”. De acordo com Bolsonaro, o TCU atua quase como “integrado” ao governo federal.
As declarações de Bolsonaro foram feitas durante a abertura do Fórum Nacional de Controle, promovido pelo TCU. A função do tribunal é auxiliar o Poder Legislativo. Na gestão Dilma Rousseff, relatório do TCU apontando que o governo da petista promoveu uma “pedalada fiscal” foi usado como peça principal da acusação no processo que levou ao impeachment da então presidente.
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— Ouso dizer que esse tribunal participa das decisões governamentais como se fosse um órgão integrado a nós, dado à forma como nos relacionamos. Em especial, obviamente, pela qualidade dos seus ministros. Aqui deixou de ser, quase que deixou de ser, um órgão que amedrontava muitas vezes no passado — discursou Bolsonaro.
No evento, o ministro do TCU Augusto Nardes afirmou que sugeriu aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), um “pacto” para “gastar um pouco mais” durante os próximos três ou cinco anos.
De acordo com o presidente da República, o TCU tem atuado para “evitar que processos sigam avante”.
— Hoje é um órgão que se preocupa cada vez mais (em) se antecipar (a) problemas, a evitar que processos sigam avante a partir do que ele possa fazer com que se evite esses problemas. E só tenho a agradecer ao Tribunal de Contas da União — disse Bolsonaro.
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Ele citou como ponto positivo a atuação do tribunal em casos como o leilão do 5G, a concessão da Via Dutra e a renovação da Ferrovia Malha Paulista.
O evento promovido pelo TCU foi organizado pelo ministro Nardes, que elogiou o governo Bolsonaro em seu discurso, feito antes do presidente. A presidente do TCU, Ana Arraes, participou por videoconferência.
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