Valor Econômico – Eleito com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), terá seu terceiro encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu primeiro mês de governo. Na sexta-feira (27), Tarcísio participará de reunião convocada por Lula com os 27 governadores, em Brasília, e pedirá mais recursos para o financiamento da saúde no Estado e para obras de mobilidade urbana.
O governador deve solicitar também o perdão de parte das dívidas das Santas Casas e a redução da taxa de juros da Caixa para filantrópicas. Nos dois encontros anteriores, Tarcísio e Lula tiveram uma conversa amistosa.
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Segundo o governador, o financiamento da saúde no Estado é uma das principais preocupações. Tarcísio pedirá o reajuste da tabela SUS, com um repasse maior da União a cada procedimento realizado. Outros pedidos na saúde serão um aporte financeiro, o perdão “das dívidas pequenas” e a negociação das dívidas das Santas Casas com a Caixa, para reduzir a taxa de juros e alongar o prazo para pagamento.
Outra demanda que será levada é o investimento em mobilidade urbana. Tarcísio listou como prioridades o aumento das linhas do metrô da capital, a expansão desse transporte para a Grande São Paulo e investimentos na baixada santista, com ligação seca entre as cidades de Santos e Guarujá.
No primeiro encontro com Lula, em 9 de janeiro, a pauta foram os atos golpistas em Brasília. Na reunião, convocada às pressas para tratar dos ataques terroristas, participaram governadores e representantes das 27 unidades federativas. Dois dias depois, Tarcísio reuniu-se com o presidente para pedir a privatização do porto de Santos e da Ceagesp, entre outros pontos abordados.
O governador relatou que Lula se mostrou aberto ao diálogo sobre a privatização do porto de Santos, apesar de o governo federal e o PT resistirem ao tema. “Ele [Lula] nos abriu oportunidade do diálogo, ficou de estudar, pediu para a gente uma apresentação”, disse Tarcísio.
O governador deve se reunir com os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Márcio França (Portos e Aeroportos) para tentar avançar a proposta de desestatização. “Acredito muito na desestatização como a redenção da baixada santista”, disse. “Vamos insistir na medida do possível.” A privatização do porto de Santos, no entanto, não deve ser tema desse novo encontro com Lula.
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