Já passava das 19h de ontem quando o VLT partiu da Cinelândia e deslizou sobre a Avenida Rio Branco em direção à Praça Mauá. Do lado de fora, num Centro de janelas iluminadas e ainda movimentado, olhares curiosos se voltavam para o bonde moderno. Os pedestres imediatamente paravam para contemplá-lo. Alguns logo sacavam o celular para fotografar. Flashes eram disparados, e o VLT seguia como se fosse celebridade.
Desde 28 de fevereiro, quando foi realizado o primeiro teste entre a Rodoviária Novo Rio e a Cinelândia, a cena tem se tornado rotina. Até o fim do mês, quando está previsto o início da operação comercial, deve se tornar mais corriqueira. Nessa primeira fase, será utilizado o trajeto da rodoviária até o Santos Dumont.
Apesar de os trilhos já terem sido instalados, ainda há muitas obras pelo caminho, o que atrapalha os próprios testes com os trens. A viagem é cheia de percalços. Ontem, por sete vezes, o VLT precisou parar por causa de algum resto de obra deixado na via. Quando chegou à Rua Sete de Setembro, faltou energia e o trem ficou parado por 15 minutos até retomar viagem. Apesar dos imprevistos, o condutor Thiago Oliveira não desafinou. Até a próxima sexta-feira, ele deve ganhar sua habilitação definitiva para operar o bonde moderno:
— Tem que ficar ligado em tudo — comentou, sorridente, ao final da viagem, que durou 47 minutos.
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