O empresário Eike Batista está negociando a venda de 30% que detém nos projetos de mineração de Corumbá e de Minas-Rio com 10 grupos estrangeiros, dois dos quais serão sócios estratégicos no negócio, como a mineradora americana Cleveland-Cliffs já é no projeto do Amapá. Os outros 70% já pertencem a MMX Mineração e Metálicos, empresa que abriu capital na bolsa em junho do ano passado. A expectativa é de fechar negociações no final deste mês.
O Sistema de Corumbá, com investimento total de US$ 220 milhões, vai começar a operar no final de maio o primeiro alto-forno de gusa. O segundo, em setembro. A produção de ferro-gusa prevista para o ano é de 170 mil toneladas. A capacidade total dos dois alto- fornos é de 400 mil toneladas, volume que deve ser atingido em 2008. A mina de ferro de Corumbá vai produzir 2,2 milhões de toneladas este ano e 3 milhões de toneladas em 2008. Em 2009 prevê alcançar 4,9 milhões de toneladas.
A MMX Corumbá já recebeu a licença de instalação da sua unidade produtora de tarugos, prevista para operar no final de 2008. A usina alcançará sua capacidade total de 500 mil toneladas/ano de tarugo em 2009. Os outros projetos do complexo, mina e alto-fornos obtiveram licenças, segundo a MMX.
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O Sistema Amapá, onde estão sendo aplicados US$ 357 milhões, vai começar em outubro a exportar minério de ferro. A capacidade total da mina é de 6,5 milhões de toneladas, a ser atingida em 2009. No início, será utilizado o porto do município de Santana para escoar o minério. Em 2008, deve ser exportado pelo porto da MMX, próximo ao porto municipal. A ferrovia ligando a mina ao porto de Santana, com 200 quilômetros de extensão, já está funcionado com transportes de carga e de pessoas.
O Sistema Minas-Rio, o maior dos três da MMX, com investimento estimado de US$ 2,03 bilhões, já está com audiências públicas marcadas pelo Ibama para o mineroduto, que terá 530 quilômetros de extensão para escoar o minério até o porto Açu, no Estado do Rio. A licença ambiental prévia do porto já foi emitida. O sistema Minas-Rio vai produzir 26 milhões de toneladas de minério de ferro.
Boa parte da produção já foi contratada. A GIIC, da Arábia Saudita, negociou a compra de 13 milhões de toneladas anuais, por 20 anos. A trading japonesa Soljitz contratou 9 milhões de toneladas e a também japonesa Sumitomo negocia entre 6 milhões e 7 milhões de toneladas. A MMX atingiu este mês o valor de mercado de cerca de US$ 3 bilhões.
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