Logística para combustíveis em expansão

O terminal de combustíveis da Raízen em Rondonópolis é o terceiro construído pela empresa em Mato Grosso desde que ela foi criada, em 2011, a partir da fusão entre as gigantes Cosan e Shell. “Havia uma certa acomodação na logística para combustíveis no país, e a Raízen veio para mudar isso”, afirmou o vice-presidente de Logística, Distribuição e Trading da companhia, Leonardo Gadotti Filho.

A nova estrutura tem condições de movimentar 1 bilhão de litros de combustíveis por ano entre gasolina, diesel, biodiesel e, eventualmente, etanol. O prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, presente ontem na inauguração do terminal, afirmou que nos próximos dois a três anos em torno de 6 bilhões de litros deverão ser movimentados a partir de Rondonópolis a partir de projetos também de outras distribuidoras de combustíveis que tendem a seguir os mesmos passos da Raízen.

“Viemos investindo muito nos últimos quatro anos para modernizar e ganhar eficiência da logística de distribuição de combustíveis. Os aportes vem sendo realizados em terminais, portos, dutos e em outros modais alternativos à rodovia. Com isso, conseguimos no ano passado 20% da nossa frota primária, ou 200 caminhões”, disse Gadotti.

Na inauguração do terminal de Rondonópolis, o presidente da Cosan, Marcos Marinho Lutz, afirmou que os investimentos em Rondonópolis não vão parar no terminal da Raízen. Controladora também da ALL, via Rumo Logística, a Cosan incluiu o município no plano de investimentos da empresa ferroviária, que prevê o aporte de R$ 7 bilhões dos próximos cinco anos.

“Vamos dobrar a capacidade da ferrovia em Rondonópolis e, ainda sim, consideramos que será insuficiente para atender ao crescimento de demanda que vemos para essa região”, disse Lutz. Em operação há um ano, a ferrovia da ALL em Rondonópolis escoa uma parcela importante da produção de grãos de Mato Grosso até o porto de Santos, no litoral paulista. No período de 12 meses encerrado em setembro de 2014, foram transportados pela ferrovia, a partir de Rondonópolis, pouco mais de 10 milhões de toneladas de grãos.

No terminal de combustíveis de Rondonópolis, a Raízen investiu R$ 60 milhões. A estrutura é considerada pela companhia a mais moderno entre os 63 terminais que controla no país. Com capacidade para carregar 40 vagões simultaneamente, o terminal realiza em cinco horas uma operação de carregamento que normalmente levaria de 12 a 15 horas. O diferencial está nos sistemas automáticos de medição de volume e de qualidade dos combustíveis, que eliminam o controle manual desses processos, explicou o gerente de novos negócios de Logística e Trading da Raízen, Luiz Felipe Saraiva.

O terminal tem condições de armazenar 24 milhões de litros – em sete tanques – e faz parte de um plano de investimentos de R$ 120 milhões no Centro-Oeste. O terminal da companhia em Paulínia também foi ampliado para receber os biocombustíveis vindos do Centro-Oeste. No primeiro semestre do ano passado, a Raízen inaugurou um terminal de combustíveis em Porto Nacional (TO), a 66 quilômetros de Palmas, às margens da ferrovia Norte-Sul, e já iniciou a construção de uma outra unidade semelhante em Marabá (PA).

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