O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) reduziu sua estimativa de produtividade de soja em Mato Grosso em 0,61/saca por hectare, para 57,41 sacas por hectare, 1,06% abaixo da projeção de novembro e 2,84% inferior ao rendimento médio obtido na safra 2019/20.
Com isso, a produção esperada para a temporada atual também foi cortada, de 35,868 milhões de toneladas projetadas em novembro, para 35,489 milhões de toneladas agora, 1,06% a menos na comparação mensal, mas ainda 0,24% acima da produção da safra passada, conforme estimativa de safra mensal divulgada pelo Imea.
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Como ainda não foi finalizada a semeadura no Estado (faltam 0,35% das áreas), a estimativa de área cultivada continua em 10,302 milhões de hectares, e acordo com o Imea.
Segundo o instituto, os baixos e irregulares volumes de chuvas das últimas semanas têm prejudicado o desenvolvimento da soja em várias regiões do Estado, resultando em perda do potencial produtivo em algumas lavouras.
O Imea considera que esse quadro ainda pode ser revertido caso as chuvas se normalizem nos próximos dias, mas ainda assim prevê perda de rendimento.
Levando em conta, entre outros fatores, o maior cultivo de materiais (sementes) superprecoces neste ano, as falhas de stand de plantas em vários locais e a situação atual de lavouras que já iniciaram o florescimento, espera-se uma redução na produtividade da soja no Estado, afirmou o Instituto.
O Imea comentou também que a necessidade de replantio no Estado preocupa produtores. O instituto estima que 2,51% das lavouras de soja do Estado precisarão ser replantadas, em virtude do déficit hídrico. No oeste de Mato Grosso, onde se cultiva muito algodão segunda safra, a expectativa é de que 5,75% das áreas serão semeadas novamente. No noroeste, sudeste, centro-sul e parte do médio norte do Estado também houve problemas provocados por estresse hídrico, enquanto nas regiões norte e principalmente nordeste não foi observado tanto impacto da falta de chuvas e haverá menor replantio da oleaginosa.
Com o replantio, produtores provavelmente terão de arcar com aumento dos custos de produção com sementes, combustível, mão de obra e outras despesas, sem contar as possíveis perdas na segunda safra, informou o Imea em boletim semanal, à parte.
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