Estadão – Apesar das frequentes declarações do presidente Jair Bolsonaro, que quer pôr Tarcísio de Freitas na disputa pelo governo de São Paulo, o ministro da Infraestrutura afirmou nesta sexta-feira, 26, que não há “nada certo” sobre uma eventual candidatura.
“Não faço a menor ideia do que vou fazer”, afirmou Tarcísio a jornalistas, que o questionaram sobre a corrida ao Palácio dos Bandeirantes e se o ministro acompanharia ou não Bolsonaro na filiação ao PL. “Eu estou extremamente focado na realização dos investimentos”, emendou.
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Tarcísio disse que aceitou discutir o assunto sobre a candidatura a pedido de Bolsonaro, mas que nenhuma decisão foi tomada. “Tenho conversado com o presidente, sim, ele me pediu para pensar, a gente aceitou discutir o assunto. A gente está discutindo”, afirmou. Classificando a escolha como uma “decisão de vida super difícil”, Tarcísio disse ser preciso avaliar o que mais ajuda no projeto de Bolsonaro.
O presidente vai se filiar ao PL na próxima terça-feira, 30, e já está em campanha pela reeleição. A candidatura ao governo de São Paulo é hoje um dos imbróglios que marcam as articulações de Bolsonaro para 2022. O principal entrave para sua filiação à sigla era justamente a aliança do PL com o PSDB em São Paulo, o maior colégio eleitoral do País. O PL integra a base do governador João Doria e se comprometeu a apoiar o atual vice, Rodrigo Garcia (PSDB), na disputa ao Bandeirantes. Agora, porém, a cúpula do PL promete abandonar a aliança para abrigar Bolsonaro.
Como revelou o Estadão/Broadcast Político, Tarcísio vem considerando há alguns meses uma candidatura em 2022 e prefere concorrer a uma cadeira no Senado por Goiás. O governo de São Paulo não é sua primeira opção. Bolsonaro, no entanto, quer que ele entre no páreo para ser candidato à sucessão de Doria.
Tarcísio observou que, mesmo assim, o presidente não está impondo nada. “A conversa com ele é muito bacana, é uma orientação. É um cara que quer, obviamente, o melhor do ponto de vista eleitoral para ele, mas também quer o melhor para nós. Então, ele pensa muito no nosso lado pessoal também. Além de ser meu chefe, hoje é um grande amigo. A conversa está acontecendo e a gente vai tentar construir o melhor cenário possível”, disse o ministro, ao argumentar que precisa ter “segurança”, baseada em números e evidências, para tomar a decisão.
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