Valor Econômico – A Rumo prevê a recuperação das margens no segundo semestre, já que houve melhora nas condições de mercado na primeira metade do ano, quando a precificação foi feita, afirmou Rafael Bergman, vice-presidente financeiro da companhia.
“As tarifas no segundo semestre estão em linha com o que a companhia estava esperando. A gente viu no primeiro semestre, que é quando precificou, a evolução do ‘spread’ rodoviário, o que permitiu a melhora das margens, recompondo em função de custos que estavam mais altos”, afirmou, em teleconferência com analistas realizada nesta tarde.
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Além da maior pressão sobre o frete rodoviário, gerado pela alta no preço do diesel, a maior demanda de transporte de grãos contribuiu para a recomposição dessas margens, segundo Gustavo Marder, diretor de relações com investidores.
Além disso, no fim deste ano, há a expectativa de início de cobrança de pedágios na BR-163, o que também deverá ajudar a equilibrar os fretes. Desde que a rodovia foi pavimentada, a Rumo passou a sofrer com a maior concorrência da estrada.
Segundo previsões da Agroconsult, o Brasil deverá produzir 127 milhões de toneladas de soja neste ano, uma queda de 7,4%. Porém, nos marcados do Mato Grosso e de Goiás, a projeção é de crescimento, tanto de produção quanto de exportação. Entre agosto e dezembro, ainda deverão ser exportadas 14 milhões de toneladas de soja, das quais 4,5 milhões deverão sair de Goiás e Mato Grosso.
Segundo Mader, a companhia já comercializou os volumes para o 3º trimestre, e os do 4º trimestre estão “bem encaminhados”.
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