A linha férrea que liga os bairros de Calçada a Paripe entra no terceiro dia de interdição e os passageiros já sentem no bolso o prejuízo. Quem antes pagava R$ 0,50 nos trens é obrigado a custear os R$ 2 da tarifa nos coletivos. De acordo com o secretário de Transportes, Nestor Duarte, chegou-se a cogitar a idéia de oferecer deslocamento gratuito para a parcela da população afetada, mas seria difícil controlar o acesso de aproveitadores. “Não encontramos juridicamente uma forma de executar isso“. Ele estima que o sistema volte a operar até o final da tarde.
Além do gasto direto do cidadão, a sociedade vai arcar com os custos gerais do acidente. Somente com a remoção do vagão, os cofres municipais terão de desembolsar cerca de R$ 80 mil. O valor refere-se ao aluguel das duas máquinas utilizadas no serviço, como explicou o diretor de operação e manutenção da Companhia de Trens de Salvador (CTS), Sérgio Coelho. A previsão inicial dava conta da via liberada até ontem, porém, a dimensão do acidente dificultou a remoção do vagão.
Além de ter descarrilado em local de difícil acesso (ao lado de encosta e próximo de residências), a prefeitura teve o azar de ver a composição tombada entre as duas vias. De acordo com Nestor Duarte, o novo trem vai ficar parado até que nova vistoria seja feita em todo sistema. Técnicos de órgãos nacionais, como a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), acionados pela prefeitura, estão vindo a Salvador a fim de apurar as causas do acidente.
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