Pelo estudo de engenharia do Ministério dos Transportes, a Ferrovia Estrela D’Oeste-Dourados terá cinco polos de cargas. Dois em Mato Grosso do Sul, em Dourados e Brasilândia, e três em São Paulo, sendo em Panorama, Castilho e Estrela D’Oeste.
Em Dourados deverá ser construído um polo de grande porte, com modal para embarque de vários tipos de cargas, já que atenderá também a ferrovia Cascavel-Dourados-Maracaju (antiga Ferroeste).
O encontro da Ferrovia Cascavel-Dourados-Maracaju com a Ferrovia Estrela D’Oeste-Panorama-Dourados ocorrerá, de acordo com o ‘Estudo de Engenharia – Volume I – Relatório do Projeto’, a sudoeste da cidade de Dourados, depois de cruzar o córrego Curral de Arame, e de ter passado nas proximidades do Distrito Industrial e região do Posto da Capela.
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A distância entre o polo de Dourados e o de Brasilândia será de 373 quilômetros. Assim, a produção da região do Vale do Ivinhema terá duas opções de embarque. O polo de Brasilândia também atenderá a produção de Três Lagoas, já que ficará a apenas 51 quilômetros da principal cidade da região leste.
No lado paulista, o polo de Panorama ficará a 37 km de Brasilândia. O polo de Castilho ficará a 83 km de Panorama. Já o polo de Estrela D’Oeste ficará a 179 km de Castilho. A produção de Três Lagoas também poderá ser embarcada em Castilho. Três Lagoas ficará a apenas 48 quilômetros do polo de Castilho.
Dourados foi escolhida para ser a extremidade dos trilhos e para ser ponto de passagem das duas ligações, ou seja, uma para o porto de Santos (via Panorama) e outra para o porto de Paranaguá (via Cascavel), a antiga Ferroeste, por ser a segunda maior economia do Estado, por estar próxima a cidade importantes e por ter uma economia diversificada, com destaque para a produção de grãos, etanol, açúcar, pecuária, aves, ter boa infraestrutura viária, aeroporto e ainda um setor de serviços bastante sólido e diversificado.
Bitola larga
A ferrovia será de bitola larga, tendo trilhos tipo 68 kg/m e dormentes de madeira sobre monobloco de concreto, com comprimento de 2,80 metros. Serão 1.670 unidades de dormentes por quilômetro. A altura do lastro é de 30 centímetros e as rampas máximas de 1,00%.
Os pátios de cruzamento terão uma linha com 3.500 metros de comprimento total e um desvio morto de 300 m. A largura de entrevia é de 5,50 m. O intervalo médio de distância entre desvios de cruzamento/pátios será de 50 km.
A cota inicial do greide (Estrela D’Oeste) está a aproximadamente 517 m de altitude, coincidindo com a cota do relevo. A cota base do relevo é de 348m na travessia do rio Paraná e chega a Dourados em 375 m de altura aproximadamente.
A distância de ferrovia de Estrela D’Oeste a Panorana é de 269,277 km e de Panorama a Dourados de 390,443 km, totalizando 659,72 km. No trecho serão implantadas 46 pontes e 28 viadutos.
Os pontos de conexão com o restante da malha férrea brasileira serão realizados através da ligação Paulicéia/SP – Panorama/SP, que se conecta a linha existente da EF-366 (Panorama/SP–Bauru/SP), e no ponto final, em Dourados/MS, onde deverá conectar-se à EF-484 (Maracaju/MS – Dourados/MS – Mundo Novo/MS – Cascavel/PR), linha esta que está em estudo.
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